sexta-feira, novembro 04, 2005

Cao - A Ceifeira Humana













Cao.

Este nome, assim mesmo sem "til", faz tremer as pernas de futeboleiros mil. Pernas essas, marcadas pela profissão, destino, erosão, ou porrada de Cao. Durante anos a fio, em Leça,
que não a do Balio, Cao limpou os relvados de Portugal, sem maldade, mas de braço dado com o mal.

Cao é nome de bicho, que não animal, Cao é nome de Capitão, que não capital. Cao dá porrada de bicho criar, Cao diz a carnificina amar. Um dínamo do meio-campo, um trinco moderno, com uma carícia apenas destrói rádio e esterno. A canela porém nunca descura, nela trabalha
com doce candura. Seja em Leça, Paranhos ou Campo Maior, o esteio Cao delineia jogadas com suave torpor.

Construir?? Nunca!!!
Destruir?? Aqui sinto-me em casa, qual Tahar debaixo da asa.

Carreiras acabam, assobio para o lado.
Corro feliz no relvado, tal veado num prado.
Deslizo elegantemente no meio-campo defensivo, o cartão amarelo fora do bolso, sempre comigo.
O vermelho também me apraz, mas não pune quem na verdade a falta faz.
Pois eu, Cao de coração puro, estropio e lesiono, mas sempre inocente, qual Yoko Ono.

4 comentários:

Ricardo disse...

Melhor post da blogofera portuguesa!

Anónimo disse...

Veio a descobrir-se que este "criativo" da tareia afinal era uns anitos mais velho do que o seu BI marcava!

Anónimo disse...

O Cao jogou à bola até aos 40 anos, mas dizem q abandonou aos 33...

lololol

Anónimo disse...

na realidade, o cao andou no infantário com mantorras, o homem biónico.

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